Estudo com 2.500 alunos do 3º Ano mostra que 54,8% dos jovens não decidiram sobre o curso superior.
Autoconhecimento e pesquisa sobre profissões podem ajudar na escolha
A data da inscrição do vestibular está chegando e, mesmo sem certeza, a estudante Letícia de Sousa Patrus Pena, 17, precisou escolher o caminho do futuro profissional. A indecisão é um sentimento comum entre 54,8% dos jovens brasileiros do último ano do ensino médio, que não estão certos sobre o curso para o qual vão prestar vestibular. O dado é de um estudo feito pelo Portal Educacional, da Divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática, em abril e maio de 2011, com 2.514 estudantes de escolas particulares.
Letícia optou por duas áreas diferentes. Em uma universidade, fará provas para engenharia de produção e, em outras, para direito. De qualquer maneira, a estudante acredita que é cedo para tomar a decisão.
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Indecisão.
Letícia não está certa sobre o caminho certo;
engenharia
de produção ou direito?
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O autoconhecimento é a chave para se chegar a uma conclusão sobre a carreira, orienta a psicóloga e especialista em orientação vocacional Selena Maria Garcia Greca, coordenadora do estudo. Ela sugere que o jovem faça reflexões sobre habilidades e gostos, além de procurar conhecer a fundo as mais variadas profissões. A dica é pesquisar na internet e conversar com profissionais e alunos de graduação.
A busca pelas possibilidades deve ser feita até mesmo pelos jovens que decidiram a profissão "na infância". A recomendação vale para quem escolhe a carreira se baseando no retorno financeiro. "Quando só olha o salário, o jovem não está procurando se conhecer nem se informando sobre o curso", diz Selena.
Quem reflete e conhece as áreas tem mais chances de permanecer no caminho. Do contrário, fará parte de cerca 45% dos graduandos que desistem do curso nos primeiros anos, segundo Selena. E mudar de área, alerta a psicóloga Delba Barros, coordenadora do Programa de Orientação Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais, não significa que o estudante se encontrou. "Muitos vão para o curso superior sem a reflexão devida. Ir para outro pode ser a repetição da mesma atitude", diz, admitindo que a mudança pode ser positiva se bem pensada.
Os especialistas ressaltam que, ao longo da escolha, o apoio da família é fundamental. É inevitável que os pais influenciem os filhos e, por isso, eles precisam ser claros. Eles podem dizer que determinada profissão é difícil e levar o jovem a informações consistentes.
Números UFMG.
Em BH, 6.400 alunos ingressaram na graduação, no primeiro e segundo semestre. Do total de 30.957 estudantes, 172 pediram reopção de curso no primeiro semestre de 2011.
Uma Orientação Profissional como vc nunca viu.
Autoconhecimento puro!
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