Atraso na divulgação da lista dos aprovados da 1ª Etapa do vestibular deixa estudantes angustiados. Mesmo assim, candidatos enfrentam maratona nos cursinhos.
Mais uma semana de angústia e nervosismo para os 61,5 mil candidatos ao vestibular da UFMG.
Mais uma semana de angústia e nervosismo para os 61,5 mil candidatos ao vestibular da UFMG.
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Beatriz Zanon e Bárbara Silveira estudam para a segunda etapa sem saber se passaram na primeira |
Apesar de o edital do processo seletivo prever a convocação para a segunda etapa a partir de sexta-feira, a instituição praticamente descartou a divulgação dos resultados ainda esta semana. A informação foi dada ontem pela coordenadora da Comissão Permanente do Vestibular, Vera Resende. Ainda não recebemos os dados do Enem e depois que o Ministério da Educação encaminhá-los teremos de processar todas as informações para fazer a divulgação. Por isso, nada deve sair esta semana, disse.
Mesmo sem uma decisão final da UFMG, os mineiros lotam cursinhos preparatórios de olho na segunda etapa do processo seletivo, que será aplicada de 3 a 10 de janeiro. Ansiosos, os estudantes reclamam do fato de que, com a substituição da primeira etapa do concurso pelo Enem, eles não têm sequer a chance de conferir a nota de corte. Ficamos perdidos e estudando sem saber se temos chance de ser aprovados. Conferimos o gabarito da prova do Enem, mas isso não é garantia de nada. Essa dúvida atrapalha nosso rendimento nos estudos, diz Bárbara Silveira, de 21 anos, candidata a uma vaga em medicina.
A dificuldade dos alunos em entender a nota do exame nacional se deve ao modelo de estatística, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), usado pelo MEC na correção dos testes. Com o método, em vez da soma simples de erros e acertos, a nota final é calculada de acordo com o número de questões acertadas, com o grau de dificuldade das perguntas e também com a consistência das respostas. Outro problema apontado pelos estudantes é a mudança nas regras do vestibular deste ano. Em junho, a UFMG anunciou que a nota da prova de redação do Enem será considerada apenas na segunda etapa do processo seletivo, e não como parte da primeira fase, como ocorreu no ano passado.
Mesmo sem uma decisão final da UFMG, os mineiros lotam cursinhos preparatórios de olho na segunda etapa do processo seletivo, que será aplicada de 3 a 10 de janeiro. Ansiosos, os estudantes reclamam do fato de que, com a substituição da primeira etapa do concurso pelo Enem, eles não têm sequer a chance de conferir a nota de corte. Ficamos perdidos e estudando sem saber se temos chance de ser aprovados. Conferimos o gabarito da prova do Enem, mas isso não é garantia de nada. Essa dúvida atrapalha nosso rendimento nos estudos, diz Bárbara Silveira, de 21 anos, candidata a uma vaga em medicina.
A dificuldade dos alunos em entender a nota do exame nacional se deve ao modelo de estatística, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), usado pelo MEC na correção dos testes. Com o método, em vez da soma simples de erros e acertos, a nota final é calculada de acordo com o número de questões acertadas, com o grau de dificuldade das perguntas e também com a consistência das respostas. Outro problema apontado pelos estudantes é a mudança nas regras do vestibular deste ano. Em junho, a UFMG anunciou que a nota da prova de redação do Enem será considerada apenas na segunda etapa do processo seletivo, e não como parte da primeira fase, como ocorreu no ano passado.
INSEGUROS
A novidade é motivo de ansiedade para jovens como Beatriz Zanon, de 20. Como a redação não está sendo levada em conta agora, ficamos ainda mais inseguros. Não dá para dizer que estamos perdendo tempo estudando sem saber se seremos convocados para a segunda etapa, pois todo aprendizado é válido. Mas considero uma falta de respeito essa angústia a que estamos submetidos desde outubro, quando fizemos as provas do Enem, lamenta Beatriz, na disputa pelo curso de engenharia química.
O nervosismo de Igor Cruz Morais, de 20, candidato a medicina, pode ser medido pela quantidade de vezes que ele conecta a internet pelo celular. A cada dois minutos, atualizo o site da Copeve na esperança de encontrar uma novidade. Não aguento mais viver nessa agonia. Estudo o dia inteiro com um olho nos livros e outro no celular ou no computador. Acho que já virou paranoia, conta. Com uma rotina de mais de 15 horas de preparação diária, Igor torce pela divulgação da convocação para a segunda fase o mais breve possível.
O nervosismo de Igor Cruz Morais, de 20, candidato a medicina, pode ser medido pela quantidade de vezes que ele conecta a internet pelo celular. A cada dois minutos, atualizo o site da Copeve na esperança de encontrar uma novidade. Não aguento mais viver nessa agonia. Estudo o dia inteiro com um olho nos livros e outro no celular ou no computador. Acho que já virou paranoia, conta. Com uma rotina de mais de 15 horas de preparação diária, Igor torce pela divulgação da convocação para a segunda fase o mais breve possível.
DICAS PARA ENFRENTAR
ESTES MOMENTOS DE TENSÃO
- É preciso manter a calma e o otimismo.
- Todos devem trabalhar como se já estivessem com vaga garantida na segunda fase e se não forem convocados devem pensar que valeu a experiência, o aprendizado e o amadurecimento.
- É bom lembrar que ainda faltam três semanas para a próxima etapa. Esse tempo deve ser de muita garra, pois é possível fazer uma revisão completa da matéria interligando temas.